Investing Talks – João Afonso Teixeira

Investing Talks

Nome: João Afonso Teixeira

Idade: 41 anos

País de nascimento: Portugal

Cidade onde reside: Porto

Nota Biográfica:

Diretor da Liv Student Campus Street, conta com uma trajetória consolidada na gestão operacional e imobiliária.

Com experiência no setor de hospitalidade e gestão de ativos, tem um olhar estratégico para a evolução do mercado de residências estudantis, focando na inovação e experiência do residente.

Atualmente, lidera a operação da Liv Student Campus Street, contribuindo para o crescimento da marca e a oferta de alojamento de qualidade para estudantes em Portugal.

Pode contar-nos um pouco sobre o seu percurso profissional antes de integrar a Liv Student?

Antes de ingressar na Liv Student, trabalhei em diferentes segmentos do setor imobiliário e de alojamento hoteleiro, adquirindo uma visão abrangente sobre as necessidades dos clientes e sobre uma gestão eficiente de propriedades.

Essa experiência permitiu-me trazer uma abordagem estratégica e centrada no cliente para a minha função na Liv Student.

"Existem grandes oportunidades para investidores e operadores que consigam oferecer soluções inovadoras e sustentáveis, com modelos de gestão eficientes e um foco na experiência do estudante."

Como descreve a Liv Student e o qual é o seu posicionamento no mercado de residências estudantis em Portugal?

A Liv Student é uma marca inovadora no segmento PBSA (Purpose Build Student Accommodation), oferecendo um conceito que alia conforto, design moderno, serviços de qualidade e uma experiência comunitária enriquecedora.

Em Portugal, posicionamo-nos como a referência para estudantes que procuram não apenas alojamento, mas também um ambiente dinâmico e seguro para estudar e socializar.

A nossa abordagem diferencia-se pelo foco na experiência do residente, com espaços pensados para promover o bem-estar, o sucesso escolar e de trabalho e a interação entre os estudantes.

Como vê a evolução da procura por alojamento estudantil em Portugal nos últimos anos?

A procura por alojamento de estudantes tem crescido significativamente nos últimos anos, impulsionada pelo aumento do número de estudantes universitários e pelo crescimento da mobilidade académica internacional.

Portugal tornou-se um destino atrativo para os estudantes estrangeiros, o que tem gerado uma pressão adicional sobre o mercado de alojamento estudantil.

A oferta tem tentado acompanhar essa procura, mas ainda existe um desequilíbrio em algumas cidades, se não em todas as cidades.

Quais são os principais desafios e oportunidades neste segmento do mercado imobiliário?

Os principais desafios incluem a escassez de oferta face à crescente procura, os elevados custos de construção e os processos regulatórios e burocráticos que podem atrasar novos projetos.

Por outro lado, existem grandes oportunidades para investidores e operadores que consigam oferecer soluções inovadoras e sustentáveis, com modelos de gestão eficientes e um foco na experiência do estudante.

Como a Liv Student se diferencia da concorrência em termos de oferta e experiência para os residentes?

A nossa diferença está na qualidade das instalações, na vasta gama de serviços incluídos e no foco em criar uma comunidade vibrante e envolvente.

Oferecemos quartos modernos e confortáveis, espaços comuns cuidadosamente desenhados e um programa de atividades pensado para promover a integração e o bem-estar dos estudantes.

Além disso, temos uma equipa treinada e dedicada ao suporte dos residentes, garantindo uma experiência tranquila e enriquecedora durante a sua estadia.

O mercado de residências estudantis tem atraído cada vez mais investidores. Que fatores tornam este segmento tão atrativo?

O segmento PBSA é atrativo devido à sua estabilidade e à crescente procura por parte de estudantes nacionais e internacionais.

Além disso, este é um mercado que oferece rentabilidades consistentes, contratos de alojamento de médio/longo prazo e um risco relativamente baixo em comparação com outros segmentos imobiliários.

Como avalia o impacto da crescente procura por alojamento estudantil no desenvolvimento de novos projetos imobiliários?

A crescente procura tem incentivado o desenvolvimento de novos projetos e a reabilitação de edifícios para este fim.

No entanto, a velocidade de crescimento da oferta ainda não acompanha a procura, o que tem gerado um aumento dos preços e a necessidade de ocupar o mercado que estaria destinado ao arrendamento “tradicional” para este fim.

Considera que existe um défice significativo de oferta de residências estudantis em Portugal? Quais são as cidades mais carenciadas neste aspeto?

Sim, existe um défice significativo de oferta, especialmente em cidades como Lisboa e Porto, onde a pressão imobiliária é mais forte.

Outras cidades universitárias, como Coimbra e Braga, também enfrentam desafios para alojar todos os estudantes.

Qual o papel do setor privado no preenchimento desta lacuna e como pode colaborar com as instituições públicas?

O setor privado tem um papel crucial na expansão da oferta, podendo colaborar com as instituições públicas para desenvolver projetos conjuntos, agilizar processos regulatórios e garantir que as necessidades dos estudantes são atendidas de forma acessível e sustentável.

Há desafios regulatórios ou burocráticos que dificultam o desenvolvimento de novas residências estudantis em Portugal?

Sim, os processos de licenciamento e as restrições urbanísticas em Portugal podem ser demorados e complexos, atrasando a execução de novos projetos.

Uma maior flexibilização e clareza nas regulações poderiam facilitar o desenvolvimento do setor.

Também existe uma espécie de “área cinzenta” do que é considerado Residência de Estudantes, área essa que se mistura entre a área da Hotelaria e a área de Arrendamento Tradicional.

Como avalia o impacto da presença de estudantes internacionais na dinâmica do mercado imobiliário português?

O crescimento do número de estudantes internacionais tem impulsionado a procura por alojamento estudantil e contribuído para a diversificação do mercado imobiliário, tornando Portugal um destino académico globalmente reconhecido.

A sustentabilidade tem sido um tema central no setor imobiliário. Como a Liv Student incorpora práticas sustentáveis nos seus projetos?

Integramos soluções de eficiência energética, materiais sustentáveis e gestão responsável de recursos para reduzir o impacto ambiental das nossas residências.

Mas penso que o maior trabalho passa por criar esta consciência nos nossos residentes e com isto fazer com que estas práticas passem a fazer parte da vida deles e as levem para outras áreas de ação que de futuro vão intervir.

A digitalização e a tecnologia estão a transformar a experiência dos residentes. Que inovações a Liv Student tem implementado para melhorar a experiência dos estudantes?

A LIV Student tem apostado na digitalização, com apps para gestão de operações e serviços, como por exemplo chaves eletrónicas, Wi-Fi de alta velocidade e espaços de estudo e lazer tecnologicamente equipados.

Como vê o futuro das residências estudantis em Portugal? Há planos de expansão da Liv Student para novas cidades ou mercados?

Penso ser um futuro promissor, com novas oportunidades de expansão em cidades universitárias e melhoria continua dos serviços oferecidos. A Liv Student está atenta a novas oportunidades de crescimento no mercado português e europeu.

Para quem pretende investir neste setor, que conselhos daria e quais os fatores críticos a ter em conta para garantir um projeto bem-sucedido?

O setor de residências estudantis continua a ser uma ótima oportunidade de investimento e colaboração entre o setor privado e público. Acreditamos que uma abordagem inovadora e sustentável é essencial para atender à crescente procura e melhorar a experiência dos estudantes.

Quer deixar alguma mensagem para os stakeholders do sector imobiliário que nos acompanham na “Investing Talks” da Invest 351?

O mercado PBSA em Portugal é um mercado que continua a apresentar um enorme potencial de crescimento e inovação. A colaboração entre investidores, operadores e entidades públicas vai ser essencial para garantir que a oferta acompanhe a procura de forma sustentável para os vários players.

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