Investing Talks
Nome: Miguel Garcia
Nota Biográfica:
Miguel Garcia nasceu em Moura, no Alentejo. Cresceu em Moura até aos 14 anos
onde estudou e jogou futebol no Moura Atlético Clube até sair para o Sporting.
Esteve no Sporting 10 anos, dois quais 4 na primeira equipa, tendo feito uma carreira até aos 35 anos no mundo do futebol. Atualmente é sócio da Global Pro Kick, empresa mais dedicada a projetos que envolvam construção de raíz e loteamentos.
Comecemos a nossa conversa por conhecer um pouco melhor a história e percurso do Miguel Garcia: infância, juventude, primeiros passos da carreira profissional de futebol, primeiros sonhos…
Nasci e cresci em Moura até aos 14 anos onde estudei e joguei futebol no Moura Atlético Clube até sair para o Sporting. Estive no Sporting 10 anos, dois quais 4 na primeira equipa. Desde criança sempre sonhei ser jogador profissional de futebol e mais tarde queria ser professor de educação física, mas após de ter integrado a primeira equipa, foquei-me apenas no futebol e fiz uma carreira até aos 35 anos no mundo do futebol.
Como surgiu a ideia de criar a Global Pro Kick? Quais são os serviços que presta?
A Global Pro Kick surgiu com o propósito de profissionalizar o que já andava a fazer de uma forma informal. Eu e o Nuno Garcia (sócio) já investíamos e ajudávamos alguns atletas por isso criámos a nossa própria empresa e marca. Começámos com a compra e revenda, mais tarde mediação imobiliária, gestão do nosso património e do património dos nossos clientes, intermediação de crédito, construção de raiz e temos mais alguns projetos em mente.
"Estão a chegar mais oportunidades de negócio, mas é preciso ter atenção aos riscos associados "
Qual é a visão da Global Pro Kick para o futuro e como se alinha com a missão da empresa?
A visão da GPK é ir crescendo gradualmente como nos últimos anos, hoje em dia estamos mais dedicados a projetos que envolvam construção de raiz e loteamentos devido à falta de habitação em Portugal.
No que diz respeito aos nossos clientes, o nosso objetivo é ajudar a encontrar o que pretendem quando falamos no imóvel para habitação própria e tirar o máximo de rentabilidade quando gerimos a habitação secundária ou por via do arrendamento tradicional ou por via do alojamento local.
Como é que a Global Pro Kick se destaca da concorrência no setor dos serviços que oferece?
A GPK destaca-se em ter sido pioneira no apoio ao jogador profissional de futebol. Senti essa lacuna enquanto jogador por isso na GPK temos esse serviço de mediação, intermediação de crédito e seguros e gestão do património. Em Portugal ainda faltam empresas que têm este serviço completo. Há empresas de mediação, de intermediação de crédito mas uma que promova todos os serviços é difícil encontrar. Os nossos clientes apenas têm um interlocutor para todos os serviços.
Quais são os desafios mais significativos que a empresa enfrenta neste momento e como está a lidar com eles?
Devido ao aumento da inflação e das taxas de referência do BCE o mercado imobiliário está em mudança. Hoje podemos observar no mercado uma pequena correção nos preços e menos transações. Estão a chegar mais oportunidades de negócio, mas é preciso ter atenção aos riscos associados tendo em conta o que referi acima.
Qual é o foco da empresa no que diz respeito à satisfação do cliente e como medem o sucesso nesse aspeto?
Um dos propósitos da GPK é aconselhar os jogadores profissionais de futebol na compra da sua própria habitação e também no investimento imobiliário para rendimento por isso os nossos clientes são na maioria jogadores de futebol. O nosso sucesso é o sucesso deles e quando nos procuram várias vezes e passam a palavra a outros jogadores, quer dizer que estão satisfeitos com os nossos serviços.
Que tendências do mercado atual vê como oportunidades de investimento ou potenciais áreas de preocupação?
Tendo em conta a lei da oferta e da procura, acredito que necessitamos de mais habitação no nosso país, mas por outro lado temos um pacote “Mais Habitação” que não ajuda o investidor, promotor e outros investidores estrangeiros. A burocracia e as leis estarem constantemente a mudar também não ajuda. Vamos continuar a ter preços altos e arrendamentos caríssimos nos próximos anos.
Que papel atribui à educação contínua e à aprendizagem na otimização das tuas decisões de investimento?
Como o mercado está em mudança, temos que nos adaptar rapidamente e tomar decisões mais assertivas e não fazer planos a longo prazo e sim, investimentos até 18 meses no máximo. Vamos ter eleições no próximo ano e penso que poderá ser positivo para o setor imobiliário.
Que conselhos daria a investidores iniciantes que estão a dar os primeiros passos no mundo dos investimentos?
O mais importante para quem está a iniciar neste momento é a formação e aprendizagem continua, hoje em dia há muita informação gratuita nas redes sociais. Consolidar as bases e ir para o terreno e executar o que aprendeu independentemente de cometer alguns erros, isso faz parte do processo, mas o importante é começar o mais cedo possível. Aconselho o fix & flip para criar e acumular riqueza, só mais tarde o buy & hold.
Quais são seus planos de longo prazo para a sua carreira?
O plano é ir crescendo de uma forma sustentável, ganhar experiência com o que temos feito e arriscar em projetos grandes e ambiciosos para acrescentar valor às necessidades que a sociedade enfrenta nomeadamente oferta de habitação com qualidade a preços competitivos.
Qual foi o projeto mais desafiador em que já trabalhou e porquê? Quer partilhar algum aspeto específico desse desafio?
O projeto mais desafiante até ao momento é a construção de moradias que estão em fase de construção. Desde encontrar o terreno perfeito, projeto à medida em termos de arquitetura para os clientes que projetámos, escolha de materiais e pormenores que achamos interessantes e importantes para a tomada de decisão final, licenciamento com a Câmara Municipal. Tudo conta desde a ideia inicial no papel até entregar as chaves ao cliente final. É desafiante!
Quer deixar alguma mensagem para os stakeholders do sector imobiliário que nos leem nesta rúbrica da Investing Talks da Invest 351 ?
No ramo imobiliário há bastantes stakeholders, o importante é que cada um acrescente valor ao seu trabalho de uma forma profissional e séria, só assim é que o ramo imobiliário poderá ser mais transparente, profissional e apelativo no que concerne ao investimento no nosso país.