Investing Talks – Rodrigo Ferrão

Investing Talks

Nome: Rodrigo Ferrão

Idade: 41 anos

País de nascimento: Portugal

Cidade onde reside: Lisboa

Nota Biográfica:

Passei por diversas experiências nas áreas de vendas e negociação. Enquanto estudava direito, trabalhei em livrarias e na gestão de clientes na indústria têxtil do norte do país como intermediário entre a produção e algumas marcas, dedicado à expansão norte-americana. Seguiu-se um período na gestão e criação de eventos culturais, depois ingressei no mercado imobiliário e, por fim, nas vendas de manuais escolares. Estou na Selectra há um ano, onde sou responsável pelas parcerias estratégicas, entre outras competências próprias de uma marca em enorme expansão no nosso país e no mundo.

rodrigo ferrão selectra
Comecemos a nossa conversa por conhecer um pouco melhor a história e percurso do Rodrigo Ferrão: infância, juventude, primeiros passos da carreira profissional, primeiros sonhos…

A infância é o melhor repositório das memórias, pois leva-nos a lugares e pessoas que já não existem. Fui muito feliz entre o campo e a cidade, com o Minho e a Bairrada como principais destinos. A juventude foi passada a perceber o que queria ser, embora sem respostas. Essa inquietação levou-me a um caminho invulgar, pois tinha jeito para escrever. Ainda assim, o meu sonho era ser um explorador da natureza, como o Sir David Attenborough.

A carreira profissional começou a ser delineada a partir do momento em que deixei de lado a idealização das coisas. Obviamente ser livreiro foi algo muito romântico na vida e acabou por ser essencial para ter lançado um livro de poemas, mas depois veio o sonho de viver em Lisboa. Tem uma situação geográfica privilegiada, de cara para um rio fabuloso e uma luz e um clima intenso que não encontrei noutras viagens. Vim para cá para preparar o que vai ser o meu futuro, pois estou sensivelmente a meio da carreira.

Pode partilhar um pouco sobre a sua experiência na Selectra e como a empresa se destaca no setor e como ajudam as pessoas que compram uma casa em Portugal?

Após dois meses de ter sido contratado pela Selectra, fui aos escritórios de Madrid e
Sevilha e vi a grandiosidade da empresa. Somos líderes destacados em Portugal e Espanha, somos o comparador de tarifas N.º 1. Temos ótimos comerciais, o nosso atendimento está
avaliado com níveis de excelência, há planos maravilhosos para Portugal este ano e é brilhante ver nascer novos projetos, uma das minhas principais tarefas.

Num dos meus projetos, ajudamos as pessoas que compram casa, pois a grande maioria não
faz ideia do quão complexo é mudar de operador ou fazer uma instalação de gás. Além disso,
atendemos estrangeiros com ideias bastante diferentes das nossas. Costumo dizer que é um
serviço “chave na mão”: quem quiser pode mudar connosco os seus contratos de luz, gás natural, Internet, TV, telefone, telemóvel, água ou alarmes. Assim, torna-se numa mudança fácil com um único interlocutor ou equipa.

"A simulação de poupança é algo essencial. Às vezes, o consumidor não percebe que se mudar de operador energético pode poupar 300, 400 ou muitos mais euros ao ano!"

Quais são as principais tendências que identifica atualmente no mercado de energia em Portugal?

O consumidor português está mais curioso e aventureiro no que toca a conhecer as marcas que operam em Portugal. O mercado livre ganha novos clientes todos os dias, sendo que atualmente possui cerca de 85% do número total: a tendência natural é a saída da EDP para outras companhias. Existe sempre alguma resistência à mudança e uma certa desconfiança inicial, fruto da nossa cultura. No entanto, cada vez mais portugueses contratam outras marcas conhecidas e bem avaliadas como a Endesa, Repsol ou Goldenergy.

Como é que a Selectra se adapta às mudanças e inovações no setor energético?

O sector energético é complexo e difícil de explicar, já que existe um trabalho árduo do nosso lado para qualificar bem os clientes, os seus hábitos e esclarecer as suas dúvidas. Os nossos especialistas não têm de saber apenas sobre o que aconselham, mas também sobre outras soluções noutros mercados dentro do sector. Uma coisa é certa: ninguém fica sem resposta ao ligar para a Selectra, porque estamos sempre a par das mudanças e das tendências para nos mantermos na vanguarda do mercado.

Quais são os principais desafios que a Selectra enfrenta no mercado português?

Diria que o consumidor é o maior desafio, pois existe muita desinformação: reclamam com a entidade errada ou não entendem os processos, por exemplo. É importante sublinhar que muitos estão ligados às companhias que têm os preços mais altos, mas como já são clientes desde sempre têm medo de trocar. A nossa tarefa consiste em informar, aconselhar e ajudar os consumidores a tomarem as melhores decisões, fazendo as gestões dos contratos por eles, tomando todas as medidas necessárias para pouparem tempo e/ou dinheiro.

Noutro sentido, a desconfiança no serviço telefónico como algo cultural. Devemos desmistificar certas coisas: as informações por telefone são absolutamente confidenciais e respeitam as políticas de dados. A própria chamada serve como prova de contratação, sendo que nenhum contrato avança sem um consentimento explícito lido ao cliente.

rodrigo ferrão selectra
Existem oportunidades específicas que a empresa está a explorar para se destacar da concorrência?

Em Portugal existem outras empresas parecidas com a Selectra, mas estão vários níveis abaixo no que toca à assistência no sector de energia e telecomunicações. Além disso, cada vez mais apostamos em equipas que se especializam em todas as nossas verticais. Imagine a enorme vantagem que é rever e mudar de operador de três contratos numa só chamada. Poupa-se tempo em lojas, a enviar documentos e pode entender todas as soluções que se adequam a si.

Ao confiar na Selectra, os consumidores ganham tempo e despreocupam-se destes temas, o que lhes possibilita dedicar esse tempo ao que desejam ou precisam. Nós estamos aqui para facilitar a vida aos consumidores.

Como é que as políticas energéticas em Portugal influenciam as operações da Selectra?

Na Península Ibérica, o mercado energético está inserido num mercado grossista de eletricidade. Naturalmente, ambos os países devem procurar estratégias de cooperação para o proteger de fatores externos, mas também de fatores próprios, uma vez que os preços são condicionados com base na oferta e na procura.

Esta flutuação pode influenciar as nossas operações, no sentido em que temos de lidar com a mudança de preços. Isto quer dizer que não podemos prometer que exista uma estabilidade nos preços por um longo período. O meu conselho é que revejam as faturas connosco, no mínimo, duas vezes por ano. Quantas mais vezes, maior é a probabilidade de poupar.

Há alguma política recente que tenha tido um impacto significativo no setor?

Existe sempre uma ameaça constante que tem impacto e que é difícil fugir: as Tarifas de Acesso às Redes, que são iguais para todos. A ERSE publicou recentemente um aumento de 3,7% para quem está no mercado regulado e o mercado livre também é afetado por isso. Não obstante, ainda se verificam algumas adversidades provenientes da guerra da Ucrânia, como também do conflito entre Israel e Palestina. Isto é um sacrifício para o consumidor, pois o aumento é universal a todas as companhias e mercados.

Como é que a Selectra trabalha para melhorar a experiência do cliente no setor de energia?

A procura da excelência é um esforço transversal a toda a estrutura, como na escuta de chamadas e controlo de qualidade, bem como uma aposta na formação. Um cliente que liga para a Selectra é exigente, pois ainda não tomou uma decisão definitiva ou, simplesmente, não sabe o que fazer. Por vezes a solução não passa pela opção mais barata, visto que há clientes que valorizam as parcerias das companhias com outras empresas, usufruindo de um desconto noutros sectores que não a energia.

Que tipo de serviços a empresa oferece para educar e apoiar os consumidores na tomada de decisões informadas?

A simulação de poupança é algo essencial. Às vezes, o consumidor não percebe que se mudar de operador energético pode poupar 300, 400 ou muitos mais euros ao ano! Quem é que não quer este dinheiro para aplicar noutros aspetos importantes da vida?

Depois há todo o tipo de informações ligadas a conselhos de consumo e à utilização consciente dos aparelhos. Há muitas pessoas que usam potências desajustadas aos hábitos de consumo que têm e pagam mais por isso. Um consumidor de um pacote de telecomunicações pode não ter fidelização há muito tempo e não ter feito a atualização dos preços, pagando mais do que devia.

Temos também a consciência de proteger o planeta, com a subscrição de um produto de compensação da pegada de carbono. Há consumidores que querem participar para um mundo melhor e nós apoiamos um projeto que respeita a sustentabilidade e a natureza.

rodrigo ferrão selectra
Quais são os planos futuros da Selectra para continuar a crescer e inovar no mercado?

A aposta no mercado português está a correr bem e nós contribuímos numa parte muito importante: a informação aos consumidores. É evidente que pretendemos alargar um pouco o espectro de serviços, estando sempre atentos a novas verticais e parcerias. No entanto, a nossa principal aposta é na formação de equipas capazes de dar respostas às questões dos consumidores, já que acreditamos que isso nos destaca e nos vai ajudar a crescer muito para que, no futuro, ninguém tenha de se preocupar com os seus gastos.

Existem novos projetos ou parcerias em que a empresa está a trabalhar?

Como responsável por lançar alguns projetos novos, gostaria de realçar um princípio: só arrancamos quando nos sentirmos preparados. É preciso formar, criar equipas que se dedicam a estudar o atendimento, analisar as dificuldades e identificar vantagens do lançamento de cada coisa nova.

O nosso serviço dedicado à Mudança Fácil tem imenso impacto e atrai muitas parcerias ligadas ao sector imobiliário, pois estamos a tratar de pessoas que estão a precisar de água, luz, gás natural e serviço de internet. Orgulhamo-nos de ter mais de uma centena de parcerias, número que pretendo reforçar. No entanto, existem sempre novidades e estamos sempre a trabalhar.

Brevemente vamos ter mais uma parceria e esperamos que tenha impacto na vida dos portugueses.

Quais são as perspetivas para o mercado energético e telecomunicações nos próximos anos?

O mercado energético ibérico deve permanecer unido, enfatizando a importância de fortalecer relações na produção e distribuição. É crucial desenvolver uma política comum para proteger os preços contra flutuações e dependência de fatores externos, como os conflitos armados.

Nas telecomunicações, o desafio futuro é superar as longas fidelizações, que resultam em serviços caros e abaixo dos padrões europeus. É crucial reduzir ou eliminar essa obrigação para evitar aumentos contínuos de preços. Com um crescimento recente acima de 4%, os consumidores devem procurar opções mais acessíveis e pressionar os principais fornecedores.

Como é que o Rodrigo Ferrão vê o futuro do setor energético em Portugal?

Seria positivo ver uma redução geral nos preços, pois é preocupante perceber que muitos portugueses enfrentam o frio em casa devido aos aumentos. Reduzir taxas, impostos e a pressão no mercado regulado seria benéfico. Além disso, simplificar o processo de contratação desses serviços é essencial, considerando o atraso em relação ao país vizinho.

Numa perspetiva de negócio, prevê-se que surjam mais marcas e soluções, mantendo uma competição forte. Os consumidores provavelmente ficarão mais atentos, irão rever regularmente os contratos e nós estamos aqui para lhes facilitar a vida.

Quer deixar alguma mensagem para os stakeholders do sector imobiliário que nos leem nesta rúbrica da Investing Talks da Invest 351 ?

É essencial que o sector imobiliário e o das utilities colaborem para enriquecer a intermediação e, de modo geral, todo o sector. Com inúmeros clientes nacionais e estrangeiros, muitos não têm conhecimento para entender as complexidades dos serviços e produtos que disponibilizamos.

Na Selectra, estabelecemos diversas parcerias e gerimos todos os aspetos. Reconhecemos que alguns serviços podem apresentar desafios, mas estamos comprometidos em dar a cara e orientar cada cliente a encontrar soluções. Já imaginou a quantidade de horas necessárias para ajudar alguém na compra/arrendamento/construção de uma casa? O passo seguinte é pô-la a funcionar! Experimente enviar-nos a sua fatura e comprove a nossa eficiência por si mesmo.

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